Especificaciones y análisis del Dodge Caliber
Potência
140CV
Torque
310Nm
Consumo
6.1l/100
Emissões
161g/km
0-100 km/h
9.3s
Vel. Máx.
196km/h
Peso
1425kg
Preço
24,200€
Resumo técnico
Gasóleo
Manual 6v
FWD
5 / 5 portas
352 L
51 L
103 kW
Atual
Especificações técnicas
Motor
Capacidades
Análise detalhada do Dodge Caliber SXT Limited 2.0 CRD · 140 CV (2006-2008)
Descrição geral
O Dodge Caliber invadiu o mercado europeu como uma lufada de ar fresco e rebelde vinda da América. Não era apenas mais um carro; era uma declaração de intenções, um crossover com alma de 'muscle car' que prometia uma experiência diferente, ousada e descomplexada. Conduzi-lo era sentir que se estava a sair da norma, a escolher um caminho menos percorrido.
Experiência de condução
Sob o capô, o coração deste Caliber é um conhecido e enérgico motor 2.0 CRD de origem Volkswagen, que entrega os seus 140 cavalos com um impulso forte e generoso. A sensação de torque é viciante, especialmente em recuperações, fazendo o carro parecer mais rápido do que é. No entanto, essa força não é acompanhada pela fineza de um chassi europeu. É um carro para ser apreciado em linha reta, com uma suspensão firme que transmite o asfalto sem piedade, mas que se mostra desajeitado e pouco comunicativo nas curvas. É pura força bruta, uma emoção direta e sem filtros.
Design e estética
Visualmente, o Caliber é uma obra-prima da intimidação. A sua carroçaria elevada, as cavas das rodas largas e marcadas, e a icónica grelha em forma de cruz conferem-lhe uma presença imponente que nenhum rival da sua época conseguia igualar. É um carro que vira cabeças e projeta uma imagem de robustez e poder. Essa magia, infelizmente, desvanece-se ao abrir a porta. O interior é um mar de plásticos duros e de aspeto económico, um lembrete constante de que o orçamento foi investido no seu impressionante exterior.
Tecnologia e características
O Caliber não pretendia ser um líder tecnológico, mas oferecia soluções engenhosas e muito americanas. O equipamento SXT Limited surpreendia com detalhes como o sistema de som MusicGate, com altifalantes que se desdobravam da porta da bagageira para animar qualquer reunião ao ar livre, ou o porta-luvas refrigerado 'Chill Zone'. Para além destes toques lúdicos, o seu equipamento era adequado para a época, embora carecesse das ajudas à condução e do refinamento tecnológico que os seus concorrentes europeus já começavam a oferecer.
Concorrência
Movimentava-se num terreno ambíguo, a meio caminho entre os compactos tradicionais como o Volkswagen Golf ou o Ford Focus e os novos SUVs como o Nissan Qashqai, que acabaria por definir o segmento. Contra os primeiros, o Caliber oferecia uma estética avassaladora e mais espaço, mas perdia em qualidade de acabamentos e comportamento dinâmico. Contra o Qashqai, lutava com um conceito semelhante, mas com uma execução menos refinada e uma abordagem mais passional do que prática.
Conclusão
O Dodge Caliber 2.0 CRD é um carro que se escolhe com o coração. É uma compra emocional para quem valoriza a estética acima de tudo e procura um veículo com uma personalidade avassaladora. O seu potente e fiável motor diesel é o seu grande argumento racional, mas o resto do conjunto é um exercício de caráter sobre a perfeição. Não é o melhor carro da sua classe, nem de longe, mas é um dos mais especiais e memoráveis. Um pedaço da América automobilística nas nossas estradas, com todas as suas virtudes e defeitos.




