Especificaciones y análisis del Bentley Continental
Potência
426CV
Torque
875Nm
Consumo
18.7l/100
Emissões
-g/km
0-100 km/h
5.9s
Vel. Máx.
270km/h
Peso
2525kg
Preço
356,633€
Resumo técnico
Gasolina
Automático 4v
RWD
4 / 2 portas
348 L
100 L
313.3 kW
Atual
Especificações técnicas
Motor
Capacidades
Análise detalhada do Bentley Continental T · 426 CV (2002)
Descrição geral
O Bentley Continental T de 2002 não é apenas um carro, é uma declaração de intenções sobre rodas. Numa época em que o luxo e a potência não pediam desculpa, este grand tourer erguia-se como o expoente máximo da opulência britânica. A sua presença imponente e um preço que ultrapassava os 350.000 euros colocavam-no numa estratosfera reservada a poucos eleitos, um sonho de artesanato e poder mecânico.
Experiência de condução
Assumir o volante do Continental T é ser transportado para outra dimensão de desempenho. O coração da besta, um V8 de 6.75 litros, não ruge, mas emana uma torrente de força inesgotável. Com 875 Nm de binário disponíveis quase ao ralenti, cada toque no acelerador traduz-se num impulso majestoso e avassalador, como uma onda gigante que te impulsiona para o horizonte. Não é a agilidade de um desportivo, é a sensação de poder absoluto, de dominar a estrada a partir de um trono de couro e madeira, com o mundo a desfocar-se à tua volta num silêncio imperial.
Design e estética
O seu design é uma ode à elegância intemporal e à força bruta. Uma silhueta longuíssima de mais de 5.2 metros, com um capô interminável e uma traseira musculada, cria uma imagem que impõe respeito e admiração. Cada linha evoca a tradição da Bentley, desde a icónica grelha cromada até às proporções de um coupé que se sente tão substancial como uma escultura de bronze. O interior é um santuário, um espaço onde a madeira mais nobre, o couro mais fino e o metal polido à mão se combinam para criar uma atmosfera de clube inglês, um refúgio do mundo exterior.
Tecnologia e características
A tecnologia do Continental T está ao serviço de uma única missão: oferecer uma experiência de grand tourer superlativa. O protagonista é o seu motor V8 turboalimentado, uma obra de engenharia clássica que prioriza o binário massivo sobre as altas rotações. O chassis, com suspensões de paralelogramo deformável em ambos os eixos, procura um equilíbrio sublime entre o conforto de um tapete voador e o controlo necessário para gerir as suas 2.5 toneladas de peso. Embora careça das ajudas eletrónicas e da conectividade digital modernas, a sua sofisticação reside na pureza mecânica e na qualidade da sua construção, pensada para durar e para emocionar.
Concorrência
No Olimpo automobilístico do início dos anos 2000, poucos podiam encarar o Continental T de frente. Os seus rivais eram lendas por direito próprio, como o Ferrari 456M GT, que oferecia uma alma mais desportiva e um V12 italiano, ou o Aston Martin Vanquish, outro ícone britânico que fundia elegância e desempenho. Talvez o Mercedes-Benz CL 600 se aproximasse em conceito de luxo e potência V12, mas carecia da aura artesanal e da exclusividade de um Bentley. A escolha entre eles não era uma questão de números, mas de coração e do tipo de declaração que se desejava fazer.
Conclusão
O Bentley Continental T é uma magnífica peça da história automóvel, um monumento a uma era de excesso glorioso. É a encarnação do grand tourer na sua forma mais pura: um veículo capaz de atravessar continentes a velocidades vertiginosas com um conforto e uma presença inigualáveis. O seu consumo desmedido e a sua abordagem analógica podem parecer anacrónicos, mas o seu caráter é eterno. Conduzi-lo é conectar-se com uma sensação de poder e exclusividade que o mundo moderno esqueceu, uma joia intemporal cujo valor emocional só tende a crescer.




